domingo, 31 de agosto de 2008

sutil

Não passa desapercebida, inconfundível obra prima.
Rodeada de manias, doce menina.
Do vento em prosa passam seus passos, rápidos.
Rodeada de pressa, doce menina.
Deixa pedaços de malicia nos olhos.
Rodeada de desejos, doce menina.
Queima em fogo brando em calares sobre o que pensa.
Rodeada de medos, doce menina.
Sufoca sua beleza, dona de tanta delicadeza.
Rodeada de pena, doce menina.
Quem te condena menina, nada sabe.
Quem te julga menina, nada vale.
Quem te cuida menina, é de verdade.
Quem te ama menina, sente saudade.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

E hoje?

Na reflexão do dia,
face à melodia do desejo contido.
Sabe lá o amanhã.
Na estampa de enfermo da agonia,
passa percebido pequeno inseto, mas não iludido.
A vontade invade, enlaça, reflete, e não para.
Segue aflito, por justa causa,
em busca do tal contido.
Desejo bandido,
prazeroso e insaciável,
embutido em cada pedaço do corpo.
Edson Castro
“ Sagrado descontentamento“
210 x 70 cm – pez sobre tubox - 2008


Suspensos





Vários nas alturas, com sua carga de tempo e estrada expostas ao público, com um sucinto brilho, que deixava claro o velho caminho percorrido várias vezes até estacionar guinxado ao céu do palco.

Na variação do discurso que propõe relembrar diversos momentos de pura aventura, além de outras emoções, retrata um caminho percorrido rumo a "algum lugar".

Sua forma varia desde um simples objeto, a uma obra de arte, que traduz sentimentos em forma de borracha gasta, cheia de experiência e pedras, que levaram a cada prego, buracos, e o nobre calor do asfalto.

Como história que termina com alegria do gozo da idade, da vivência, para brilhar como luzes de um cenário. Podendo ser admirado como antes não fora, nem tão quanto, valorizado por sua existência. Talvez seja o valor da maturidade.